A cada 34 horas, um LGBTQIAP+ foi morto no país no ano de 2022, segundo relatório do GGB
- cerlgbtqi
- 28 de fev. de 2023
- 2 min de leitura

O Brasil é o país que mais mata LGBTQIAP+ no mundo: a cada 34 horas, um LGBTQIAP+ foi morto no país no ano de 2022. Todos os anos, o país ocupa as primeiras colocações no ranking de mortes de gays, lésbicas, travestis e transexuais. Em 2022, foram registradas 256 mortes de acordo com um levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). De acordo com os dados mapeados por meio de notícias, foram contabilizados 242 homicídios e 14 suicídios.
De acordo com o relatório publicado, os gays continuam sendo o maior número de vítimas da homofobia, representando 52,34% do total, com 134 vítimas. Enquanto travestis, transexuais e transgêneros representam 110 das mortes registradas, 42,96%, ficando em segundo lugar. A faixa etária dessas pessoas varia entre 18 aos 29 anos, o mais jovem tinha apenas 13 anos. Já da comunidade trans, 83% foram assassinadas antes mesmo de completar os 40 anos.
A maioria das vítimas possuem cor parda, representando 46,8%, seguida de pessoas brancas com 37,1% e pretas com 14,8%, com maior concentração de mortes na região do Nordeste. O estado da Bahia lidera com 27 números de mortes. São Paulo ocupa o segundo lugar com 25 mortes, Pernambuco com 20 e Minas Gerais com 18, ocupam o terceiro e quarto lugar respectivamente.
Em comparação ao ano de 2021, o número de mortes reduziu de 316 para 256. Embora tenha essa redução, o número de mortes da comunidade LGBTQIAP+ revela os altos índices da LGBTfobia presente no país e a falta de políticas públicas voltadas para o acolhimento da comunidade. De acordo com o GGB a forma de combater os crimes de LGBTQIAP+ é necessário adotar o Formulário de Registro de Ocorrência Geral de Emergência e Risco Iminente à Comunidade LGBTQIA+, documento lançado pelo Conselho Nacional de Justiça que tem como objetivo mapear os crimes de ódio registrado em todas as delegacias do país, monitorar casos de homofobia e transfobia e fornecer dados concretos para incentivar a criação de políticas públicas.
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